quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

03/01/2011
WELCOME TO PRINCIPE
O dia anunciava-se bastante difícil para mim já que ia deixar a ilha de São Tomé para rumar até à do Principe, uma aventura. As despedidas não foram fáceis e abandonei a minha casinha por volta das 7h30 rumo ao Omali. A Katherine estava à minha espera para me ensinar a mexer no programa de reservas Motelmax antes de eu apanhar o avião. Até que o programa não é nada complicado! Por volta das 8h30 parti rumo ao aeroporto internacional de São Tomé para apanhar o voo para o Príncipe que demorou apenas 35 minutos. Estava um pouco nervosa porque aquele não era propriamente um avião nos quais costumo andar, era bem pequeno e éramos apenas 5 dentro do mesmo incluindo o piloto e co-piloto. Durante o voo ainda dormi uma soneca e com alguma sorte acordei pouco antes de aterrar e poder deliciar me com a paisagem da ilha vista de cima. A maior parte da ilha é vegetação, podendo observar-se algumas aldeias, a pista do aeroporto que fica no centro e o Bom Bom resort para onde ia trabalhar. A aterragem foi calma embora o piso não esteja em muito bom estado. Assim que saímos do avião, o Ian (director do hotel omali e resort) apresentou-me algumas pessoas que trabalham no aeroporto para o caso de eu necessitar de alguma coisa. Bem e se eu achava que o aeroporto de São Tomé era mau então o do Principe é pior ainda. É muito pequeno, está em reconstrução, nenhum tipo de tapete para ir buscar a mala, nenhuma loja para comprar algo, secretárias todas partidas, enfim diria quase que é uma mini roça abandonada. O Sr. João (motorista) estava a nossa espera para nos levar ao resort. Ainda pude observar os arredores do aeroporto mas não há nada de especial, apenas uma mini loja que tinha uma frase do tipo “Deus é quem sabe”. A estrada principal da Ilha é de terra batida, levando para um lado para a cidade de Santo António e do outro lado para o Bom Bom Resort. O caminho para o resort é fabuloso, cheio de vegetação, pássaros, gaivotas, algumas casas, crianças a dizerem adeus. Passámos por duas roças que estavam abandonadas, um delas chamada Santa Rita. O Ian contou-me que possui uma roça chamada Belomonte, que 60% da população da ilha são crianças com menos de 12 anos e que no total são 6000 habitantes. É realmente uma ilha bem pequena! Disseram me que ia ver bastante macacos mas nada! Fiquei encantada quando chegámos finalmente ao resort, é uma concessão privada. Todos os edifícios são feitos de madeira, os jardins estão muito bem tratados. Passámos pela recepção onde conheci o meu companheiro Helder (actualmente responsável pelo resort) que foi bastante simpático e me acompanhou imediatamente ao meu bungalow. Tenho a sorte de estar mesmo em frente ao mar, bastam dois passos e já estou na praia. O interior do bungalow é lindo e bastante agradável. Existem cerca de 20 bungalows com localizações diferentes, uns perto do mar, outro na zona traseira e outros estão numa espécie de montanha, imagino a vista dos mesmos. Depois de conhecer o meu aposento, encontrei-me com o Ian para irmos tomar um cafezinho! Para chegar ao restaurante e bar temos que atravessar uma ponte que nos leva ao ilhéu Bom Bom daí o nome do resort. A vista da ponte é linda, a areia branquinha, o mar cristalino e calmo e ainda um rochedo enorme bem bonito. O restaurante e o bar também são de madeira e são espaços arejados e com uma decoração em tons claros. O Ian apresentou-me a algumas pessoas que trabalham nestas secções que me deram as boas vindas e prometeram não me faltar com nada. Realmente este povo é impecável! E o mais impressionante de tudo é que todos falam inglês fluentemente. Esqueci me de referir que as fardas são espectaculares, túnicas compridas em tons preto e bege, típicooo! Não me importava nada de ter uma assim! A manhã foi calminha, comecei logo a trabalhar nalgumas coisas até que chegou a hora de almoço! Lá vou eu de novo para o ilhéu, ainda são 600metros a caminhar sobre a ponte! O almoço foi peixe recheado com espinafres, arroz branco e ervilhas, bem completinhooooo! Depois do almoço mais um cadinho de trabalho, conhecer mais algumas pessoas e por volta das 19h30 dirigi me ao bar onde estive a conversa com o Ian, Helder e uns clientes habituais. Infelizmente jantei sozinha uma sopinha e um peixinho grelhado com legumes, estava bem saboroso. Como me sentia um pouco cansada e com dores de garganta dirigi-me ao meu quarto para ter uma linda noite de sono. Ah é verdade, não há rede nos telemóveis a partir das 19h00. Eh eh…
A.

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