quarta-feira, 24 de novembro de 2010

19/11/2010
Regressadas da Roça. Nota-se pelo acordar. Ouvem-se os vizinhos a falar, cantar, ralhar…ouve-se a música, nada como o silêncio na escola. Mesmo assim dormiu-se bem. Hoje tínhamos uma tarefa bem importante: colocar os cartazes para as actividades que iriam decorrer na escola no domingo, a pedido da Nora. Passamos pela lexonics (onde se imprimem os documentos) e como sempre estava cheio. Com 7 pessoas ao balcão e não conseguem dar vazão à enchente de clientes. Ora vou paqui ora vou pali, ora atendo duas pessoas ao mesmo tempo e dá confusão. Ainda esperámos meia hora pela senhora que estava a nossa frente que não estava a conseguir acabar o documento dela e tinha erros. Vejam lá que escreveu “progecto” em vez de projecto. Até o meu computador assinala o erro…eh eh…lá estive a ajudar a senhora para ver se me despachava. Ufa…imprimimos os cartazes. Agora so faltava afixar pelos locais mais frequentados da cidade. Acabamos por volta das 12h00, o calor estava intenso. Paramos para beber qualquer coisa e fomos comprar aguinha para casa quando a Nora nos ligou para falar connosco. Aproveitamos a boleia e ela queria que fizéssemos um pedipaper para o próximo domingo lá na escola, pediu para organizarmos isso durante a semana. Já em casa cheirava a comidinha. A Margarida tinha ficado em casa com o Ronaldo para preparar o almoço e fazer umas compras. Estavam a preparar omeleta à moda da terra (leva peixe fumado e folha de micocó) com banana e fruta frita. Estava divinal! À tarde voltei para a cidade, estive no Pestana São Tomé com algumas pessoas conhecidas enquanto elas foram até à praia Emília com o Ronaldo dar um mergulhinho no mar. As horas passavam e tinha ficado combinado ir comer à Faty, ao Bairro do Hospital. Estávamos simplesmente à espera que o Apolo chegasse do Ilhéu e do Clemente que tínhamos convidado esta tarde para a Rita não se sentir sozinha. Eh eh… 20h30: estávamos de partida para o Bairro todos a pé. Os homens atrás e as mulheres à frente. Ainda tivemos o direito de ouvir uns piropos no caminho, nem os homens atrás nos valeram. A chegada é sempre uma alegria com as primas, encontramos a Elsa com o bokito no caminho e lá fomos para a Faty. Estavam sem energia mas a Lua cheia oferecia-nos iluminação, estava bem bonita. Mandamos preparar um peixinho com banana e umas rosemas. A malta estava bem murcha quando começamos a jantar. Nós, miúdas, ainda pensamos na possibilidade de ir dançar um cadinho à sobi-só mas eles nunca querem. São tão totós! Mas até nos surpreenderam e lá fomos todos depois de jantar abanar o rabinho. As músicas do inicio eram as famosas kizombas e tarraxinhas. Demos um pezinho de dança e íamos conversando. Quando um rapaz chamado Michel, conhecido do Apolo me convidou para ser madrinha da filha dele. Recusei logo. Não o conheço. Entretanto íamos saindo da discoteca para podermos apanhar um arzinho fresquinho, já que lá dentro tem só uma ventoinha. Estivemos para ir embora não sei quantas vezes nestas idas lá fora. Mas acabamos por ceder à música e curtir o resto da noite a dançar até nos cansarmos. Soube mesmo bem. Até a Elsa esteve a dançar na nossa rodinha junto ao espelho. Começaram a passar músicas para se dançar solto, dançamos à moda de são Tomé e Portugal…eh eh…mas assim que voltou o kizomba, fomos para casa. O caminho a percorrer parecia imenso, ouviam-se os pés a rastejar do cansaço. Uma noite bem agradável!
A.

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