quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

25/11/2010
O dia começou com normalidade na escola. Continuamos a comer pão com pão ao pequeno-almoço que não é nada agradável. Mais um dia em que as aulas não aconteceram até porque houve uma aula diferente esta manhã: de pintura. A sala onde eles fazem artesanato tinha uma parede toda branca e quiseram dar-lhe uma vida nova. Não sei se foi boa ideia. Para a aula convidaram um dos artistas mais influentes da ilha: o René. Este só apareceu as 10h30. Começou por dizer aos alunos para desenharem qualquer coisa na parte inferior da parede. Péssima ideia. A maioria pôs-se a desenhar flores e ele acabou por apagar tudo. Então pediu apenas para eles fazerem umas linhas. Ele começou por desenhar um homem. A aula foi decorrendo e nós continuamos a planear a actividade, estivemos também em reunião com a Nora que nos pediu para começarmos a alterar o plano da nossa semana. Há coisas que realmente não se percebem. Assistimos um pouco à aula de pintura enquanto aguardávamos ansiosamente pelo almoço que tardava a ser servido. Acho que foi o pior dia. A fome era demais e ninguém parecia querer saber. Só faltava mesmo chorar de desespero para aliviar a dor estomacal que sentíamos. Lá a Nora percebeu que estávamos aflitas e deu autorização para avançarmos. É muito maué termos que aguardar por uma simples autorização. O almoço foi servido para nós as duas e lá fomos comendo. Entretanto aparecem todos para almoçar. Sentíamo-nos um pouco ml mas ninguém merece sofrer por ter fome. Terminado o primeiro prato só pensávamos que gostaríamos de um segundo mas a Teresa não atendeu ao nosso pedido. Às 14h00 apareceram as crianças de escola e começou mais uma sessão de explicação. Não correu muito bem. A falta de concentração e a vontade de brincar é notável nestas crianças. Ainda mandei alguns deles para a rua. Passado uma hora, como não chegava o nosso transporte chamamos as nossas motas para não corrermos o risco de não apanhar carro para a cidade. Mas até tivemos sorte porque a Nora deu-nos uma boleiazita. Parámos na cidade, fomos comer qualquer coisa à cidade e voltamos para casa. Chegamos a casa, tomamos um banho, arrumamos as coisas, vimos as alterações da senhora da limpeza, demos um dedo de conversa e preparamo-nos para irmos jantar concon com fruta na nossa aldeia. Estava bem saboroso. Ainda encontramos um amigo nosso que falou 30 segundos. Eh eh… fomos para casa cedo porque queríamos preparar as cenas para a ida ao ilhéu, com a qual sonhávamos.
A.

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