segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Aventuras só

14/10/10

Mais um dia em São Tomé. Este é daqueles dias que ficarão gravados na nossa memória pois foi cheio de aventuras.
O dia amanheceu cedo para nós com 1 caminhada até à cidade. Por mais vezes que a olhemos, a paisagem deixar-nos-á sempre boquiabertas devido a toda beleza que surge ao descermos do Bairro – o mar e a Baía de Ana Chaves ao longe.
Estivemos no Centro Cultural Português a ler alguns jornais e revistas locais para tirarmos ideias para o jogo do Trivial saotomense que estamos a criar para depois jogarmos com os míudos na Escola.
Almoçámos um peixito com banana frita e salada num cafezito e seguimos depois com a Nora (a responsável pela escola onde vamos fazer voluntariado) para Diogo Vaz. A chuva não parou de cair o caminho todo, estava muito escuro. Chegámos à escola e ficámos logo maravilhadas…a escola fica no antigo Hospital da Roça, sendo portanto um edifício colonial imponente. Conhecemos o director, Gustavo, caboverdiano, licenciado em Belas Artes e os dois voluntários Pablo e Itziar que estão a viajar por África, de cabo a cabo, e que ficam na escola até dia 22. Conhecemos os espaços da escola, a sala de Informática e de aulas, as cozinhas, o espaço de venda de artesanato, a carpintaria, um espaço para as crianças brincarem, os quartos e a sala de convívio. Gostámos muito da decoração dos quartos, muito arrumados, simples mas originais que foram preparados e o material feito pelos alunos da escola. Para além de uma Escola, é um espaço com alojamento para aqueles que vêm conhecer a Roça e praticar o Turismo Solidário. Fizemos uma reunião com todos os responsáveis e os voluntariados para saber em que áreas podemos ser mais úteis e para continuarmos o trabalho desenvolvido pelos dois voluntários, na área do Turismo e da informática. Ficamos muito entusiasmadas. Depois da reunião voltámos para a cidade com três turistas que tinham ido visitar a Escola. A viagem foi muito interessante, com muita conversa sobre São Tomé, o Ilhéu e os costumes das ilhas.
À noite jantámos no Bairro, num restaurante de uma saotomense que vive com um português. O português estava acompanhado por dois amigos portugas. Fartaram-se de falar connosco, estão cá em São Tomé já há alguns anos. Um deles, médico, segundo o que constou, estava podre de bêbado, mas conhecia Vila do Conde e o meu avô, pois ele tinha trabalhado nos estaleiros navais. O outro senhor, tem uma empresa de destilação de bebidas alcoólicas em Agostinho Neto e gosta de História, portanto foi interessante falar com ele. O senhor do restaurante gostou tanto de nós e de irmos fazer voluntariado que disse para aparecermos no restaurante dele qd não estivermos a trabalhar na Escola, para ajudarmos que nos paga qualquer coisa… Bom, no fim o senhor bebêdo não nos deixou pagar o jantar e ainda nos pagou algumas cervejas. Seguimos de boleia com o senhor da empresa de destilação para o Café Companhia para a noite de happy hour. Convidou-nos para lá irmos conhecer a fábrica e provar os licores.
A noite no Companhia foi ao rubro. Estava um monte de pessoal conhecido e as cervejas estiveram sempre a sair, até que as 1h30 da manhã já não havia mais cerveja… Terá sido falta de gestão de stock ou mt consumo??! O Haylton esteve a cantar o seu playback usual e mais uma vez fomos lhe pedir para cantar alguma das músicas dele, mas em vão. Diz que para a próxima não se esquece. A Alex cheia de lata foi falar com o João Carlos Silva, da “Roça com os Tachos”para saber quando ele ia estar na Roça São João. Estivemos a falar bastante tempo, contámos que já cá tínhamos estado e que tínhamos gostado tanto que tivemos mesmo de voltar. Falamos do voluntariado, ele ficou interessado nas nossas perspectivas e planos. Convidou-nos para ir conhecer o Projecto Cacau e o seu novo espaço, o Centro de Artes e Ofícios. Um senhor que estava com ele tinha vivido em Vila do Conde durante vários anos e estivemos a falar sobre a terrinha…hehe Soube bem… Como o mundo é pequeno…
Depois de as bitolas terem esgotado no Companhia, ainda não estávamos satisfeitas e rumámos ao Boca Louca para mais uns copos e danças. Foi bom de abusoé excepto que me começou a dar a fomeca e não havia nada para trincar.. . Como é possível?! Antes de irmos para casa, ainda passámos na Praia Emília para molhar os pés e mais umas conversas. Em casa, depois de algum histerismo acabámos por dormir as 2 juntas, pois os ratos não largam os nossos quartos e já temos pesadelos e tudo… Complicadoê….
Hasta siempre,M.m.

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