segunda-feira, 18 de outubro de 2010

15/10/2010

Já passou uma semana! Parece que foi há mais tempo que pisámos STP! Dormimos 4 horas. 10H00: encontro com João Carlos Silva na Cacao – novo projecto onde se vai desenvolver uma série de actividades. Desde venda de artesanato, t-shirts com frases típicas (ex: leve leve me), quadros, aulas de música, animação para turistas, oficina de sabores com bar… um projecto a valer, sem dúvida, onde são “recolhidos” os artistas de São Tomé para que tenham mais na vida do que banana e peixe! Quem sabe não estaremos lá a dar uma mãozinha (após conversa com JCS). Vimos também uma exposição de fotos antigas daquilo que se vivia nas imensas roças na altura da colonização. É uma pena ver como o povo as deixaram deteriorar-se assim. As roças são/eram autênticas cidades onde tudo foi pensado com pormenor, tendo tudo para que os trabalhadores não precisassem de sair de lá! Acredito que os santomenses as abandonaram também para esquecer o tempo em que foram escravos, mas principalmente pela sua preguiçaaa… Assistimos a um pequeno filme da altura onde mostravam o dia-a-dia nas roças…diria mesmo enorme…estávamos sempre a cassumbar! eh eh! nem sei como nos aguentamos, ambas queríamos perguntar ao moço se ainda demorava muito mas nenhuma foi capaz de o fazer!
Aproveitamos depois para dar um giro pela cidade e tomar a única refeição do dia. Tomamos um cafezinho no passante e regressamos a casa de mota. Adoro fazer aquele regresso a casa de mota, passamos pela minha paisagem preferida onde as cores no mar se misturam…mas hoje estava diferente, tinha apenas duas cores que pareciam ser separadas por uma linha…é mesmo qualquer coisa! Obriguei o Titi a apreciar, eles parecem não ligar a isso! Lembrámos nos de passar pela maternidade para visitar a Minelva que tinha sido internada no dia anterior devido a umas dores. Entramos no hospital que mais parecia um quintal onde as pessoas e animais se misturam. Galinhas, galos, lixo, pessoas a comer e falar alto. Encontrámos finalmente o bloco da maternidade, o ultimo. Perguntamos pela nossa amiga mas a Sra nem sabia se lá estava, nem sequer foi ver o registo. Desculpem, não há registo! As pessoas apenas entram e saem! Entao fomos para a zona de internamentos e a enfermeira começou a gritar o nome da nossa colega, lindooo…já não se encontrava lá…os quartos eram qualquer coisa de assustador, tinham 10 camas, e um lavatório! Muito mau aspecto. Lembro me da Margarida me dizer para não olhar para os lados, apenas em frente, mau muitoé! Decidimos não voltar lá!!!
O resto da tarde não fizemos nada de especial, estivemos por casa tentando recuperar energias perdidas na noite anterior. E cá estamos para mais uma festa na discoteca aqui em casa, barulheira que nunca acaba!

A.

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