quarta-feira, 20 de outubro de 2010

19/10/2010
Saímos cedinho de casa para a praça, junto ao mercado velho onde iríamos apanhar uma carrinha direcção a Diogo Vaz para uma conversa com os outros voluntários – Pablo e Itziar. Aproveitámos a espera para irmos tomar o pequeno-almoço na pastelaria Miguel Bernardes, renovada. Quando regressámos à praça a carrinha já estava de partida. Mais uma viagem naquelas Hiace horríveis, cheia de gente e uma mistura de cheiro nada agradáveis. Chegadas a Neves, passado 1h procurámos transporte para Diogo Vaz. Apanhámos uma moto, nada melhor do que uma viagem ao ar livre, desfrutando da beleza da paisagem verde que esta ilha nos proporciona…
Diogo Vaz. Pablo e Itziar não estavam. Então lá fizemos um pouco de sala com Gustavo, o director da escola. Ele não era tão aborrecido se não fosse um patriota do pior. Em tudo o que dizia, a referência a Cabo Verde era inevitável! Confessou nos que no final do mês iria deixar a escola…
Assim que chegaram os esperados dirigimo-nos à sala de aulas onde conversámos sobre o que eles tinham feito durante as ultimas duas semanas e aquilo que se poderia fazer com os miúdos. Foi bom para podermos compreender melhor qual ia ser o nosso papel na escola e as dificuldades que íamos encontrar (embora não fossem novidade por já termos estado a trabalhar cá durante 6 meses). Nem sempre é fácil trabalhar com são-tomenses pois a maioria não tem formação nem hipóteses a ela mesmo nem nuca saíram do país. Sinto que eles não querem evoluir, que não lutam por nada porque nunca tiveram que se esforçar para ter algo. Fazem sempre algo se o incentivo for compensatório. Mas são boas pessoas. Após 2h de conversa fomos conhecer as outras áreas que ainda não tínhamos visto. Um dos quartos para turistas tem 12 camas. Adorámos! Se soubéssemos da existência deste espaço teríamos aproveitado para ir com um grupo de amigos! Regresso a Neves – motoqueiro. Pela falta de um fomos as duas no mesmo…eh eh…mais uma vez esperamos por uma famosa Hiace que nos levaria a casa. Aproveitamos para provar algo que nunca tínhamos visto: banana com fuba! UAU! A viagem para a cidade não foi das mais fáceis. É que para além dos cheiros ainda levámos com uma senhora insuportável que não se calou um minuto. Coincidência: não suporta cheiros estranhos. Então falou-se de vários cheiros desde banana, carvão, peixe, … no entanto houve algo na conversa dela que ficou marcado: “nós, são-tomenses quando queremos algo tem que ser no momento mas quando temos que fazer algo é tudo leve leve.”
Já na capital encontramo-nos com o Clemente e o Sílvio que nos pagaram umas cervejas, espetadas de búzio dabuso, banana assada, pipocas. Estômago cheio muito. Mas ainda tivemos que jantar em casa porque a Gina tinha preparado um jantarzinho para as princesas. Nem sei como conseguimos.
E mais uma vez dormimos neste sossego mas com a barriga cheia de tanta comida!
A.

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